Todos nós temos o nosso próprio paraíso*

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Experiência nova...


Ontem tive uma experiência única numa das minhas aulas da faculdade. Era uma aula prática. O exercício consistia em deitarmo-nos com os olhos fechados ao som de uma música calma e relaxante. Depois de estarmos concentrados na música o professor pediu-nos que nos imaginassemos em bebés, com 3 dias de vida. Assim o fiz, das fotografias que já vi, tentei imaginar-me num berço com os meus pais a olharem para mim. Depois viajei até aos 5 anos, uma idade feliz e sem preocupações. Uma idade em que brincava e que era inocente. Depois aos 9 anos. Estava na escola primária e estava com os meus amigos. Vieram-me à memória imagens de estarmos no recreio com o "nosso clube secreto". Depois transportei-me até aos 17 anos, que foi uma idade marcante para mim. O professor pediu-nos que nos imaginassemos a apanhar um autocarro e ir para um sítio. A minha ideia era ir para a minha praia, mas acabei por ir para um sítio. E com alguém. Esse alguém que me marcou desde há muito, e que me marcará até sempre. E foi esse momento que me fez sorrir, porque foi algo único. Até que o professor disse "agora vão voltar para casa" e eu respondi para mim mesma "Não preciso de voltar, eu já estou em casa". O salto maior foi até aos 26 anos, onde eu já me encontrava casada e com uma criança. Foi mágico a sensação de ter uma criança nos braços e estar ao lado daquela pessoa, que provavelmente não será a pessoa com que me casarei, mas não interessa. Foi giro imaginar-me a ser mãe:) O estranho foi imaginar-me com mais de 40 anos, eu nunca me tinha imaginado assim e foi mesmo esquisito. Eu com filhos de 18 anos a sairem à noite e a chegarem a altas horas?? Eu estou nessa fase, e deu para entender a posição dos meus pais. O próximo passo, foi imaginar-me num lar. Eu com 75 anos com cabelos compridos e brancos sentada numa cadeira a ler. Estava dependente de alguém, mas mesmo assim queria o meu espaço e os meus momentos a sós comigo mesma. De repente os meus dois filhos e as minhas duas melhores amigas a entrarem naquela sala para me verem. Essa talvez foi a parte que mais me tocou, pelo facto de elas as duas terem acompanhado a minha vida até essa altura. Foi mágico, sentir que há amigos assim. O pior foi depois, imaginar a minha morte. Foi arrepiante, porque não sou pessoa de pensar nestas coisas. Por fim, acordamos e partilhamos a experiência com os colegas. Houve muitas lágrimas, sorrisos e recordações. Para mim isto foi único e muito útil porque nunca tinha feito nada assim. O que foi bom, e depois das minhas reflexões foi ver que levei na minha mente uma vida calma e feliz, sem grandes dramas e com muito amor à família. Quero ser feliz para sempre:)

Alguém já teve esta experiência?

6 comentários:

  1. nunca tive essa experiência, mas vejo que gostas da tua:)

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  2. ho, este tipo de experiências são uma coisa muito boas! Assim como esta que fizeste as de confiança nos outros também são interessantes.

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  3. Acho que todos nós temos pensamentos desse género, como será daqui a uns anos, onde estarei, o que farei, serei feliz. São questão que surgem e que vamos tentando responder, e claro que por vezes dá-nos para imaginar as coisas como gostaríamos que fossem. Foi um exercício bastante interessante.

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  4. Não tive assim um exercicio como ao teu, mas deve ser muito engraçado! Ainda bem que gostaste!:)
    beijinhos

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  5. Gostava que aqui fizessem aulas desse género, ia ser muito interessante ;)

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